E após 4 dias longos de Moda Lisboa, tenho tanto para partilhar. Apesar de o Inverno 2013 parecer tão longínquo, foram apresentadas 21 coleções nacionais e centenas de amantes da moda reuniram-se na praça do município para as ver.

A primeira coleção a surpreender foi a Say My Name. Com influência japonesa, adorei a mistura de texturas e de cores: pretos e ocres com coral e lavanda.




Só aqui entre nós, não costumo apreciar muito o trabalho da Lidija Kolovrat. Mas finalmente, parece que conquistou o seu lugar no Moda Lisboa, deixou de ser LAB e fez uma coleção muito bonita e tão coerente com o tema do evento - freedom. Liberdade tanto de formas, como de corte. Peças bonitas, bem cofecionadas e padrões surpreendentes.




Luís Buchinho, manteve a qualidade que o caracteriza. Inspirada na calçada portuguesa, esta coleção está cheia de design geométricos e padrões urbanos em formas fluídas e femininas.




A Katty Xiomara já nos habitou aos seus looks delicados, quase de encantar. Mantendo o estilo que tão bem a caracteriza, apresentou-nos peças muito bonitas e femininas, cheias de azuis. Gostei bastante da originalidade da make-up, uns óculos pintados no rosto, that was cute.




Dino Alves. Sou muito suspeita a falar deste senhor, porque o adoro. Desde a sua visão à sua personalidade difícil. Mistura de padrões coloridos com cores neutras e como ele próprio disse "uma leve evocação ao mundo oriental". E os lábios em amarelo acabaram comigo. (in a good way)





Sempre achei que o Ricardo Preto, a pessoa fisicamente, não tem ar de estilista de moda, mas sim de médico ou de pessoa mais séria. Mas as suas coleções provam, sempre, que o lugar dele é aqui mesmo. Em busca de uma nova silhueta, fez um mix de tecidos variados e misturou cores fortes com básicas. Destaque para as camisolas de malha com desenhos de animais, amei.




Os Burgueses apresentam a sua coleção como "Um aviador, um pequeno príncipe e uma rosa cruzam-se num tornado espacial à procura do lugar a que chamar CASA." É assim pessoal..não percebi nada. Mas adorei a forma como reinventaram peças clássicas e usaram tecidos de formas inesperadas.




Miguel Vieira inspirou-se no fado português. E inspirou-se bem. A coleção era simples e elegante, capaz de orgulhar qualquer fadista.




Nuno Baltazar já nos provou uma data de vezes que compreende o corpo feminino. E com um design irreprensível, apresentou-nos uma imensa variedade de silhuetas e ombros e/ou mangas especificamente.




Os desfiles do Nuno Gama, estão sempre cheios pela fila de homens bonitos que se passeia na passerelle. Mas a verdade, é que Gama sabe sempre vesti-los. Desta vez, como gentlemans urbanos, classy.




Ricardo Dourado manteve a sua vibe cool and fresh. Misturou uma onda street com outra mais soft: casacos oversize e tecidos fluídos.




Filipe Faísca, só de si, já é muito especial. E a visão dele é bem mais além que as nossas fronteiras. Com influências de variadas décadas, criou vários black dresses com designs únicos e detalhados.




E estes foram os meus favoritos.

Para além dos designers, gostei de ver bastante gente gira por lá. E gosto de irreverência e de estilo pessoal, mas penso que esta edição passou um bocadinho dos limites. Ir o mais chocante possível para ser fotografado, tornou-se o mote principal dos aderentes, mas quando são entrevistados não sabem articular palavras. Depois somos todos metidos no mesmo saco "aquele pessoal maluco da moda". Os velhinhos que ali iam apanhar o eléctrico, ainda se estão a benzer, por esta altura.

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